Garantir acesso imediato a conteúdos educacionais nacionais por estudantes, professores e público em geral, por meio de um programa de computador que integre diferentes sistemas operacionais, como Linux, Windows, iOS e Android. Esta é a finalidade para a criação da Plataforma Educacional Brasileira, que está sendo desenvolvida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC).
A plataforma poderá oferecer, ainda, uma lista de funções e interfaces com outros serviços educacionais do MEC, além de facilitar o acesso de equipamentos tão distintos quanto smartphones, tablets, laptops ou computadores.
A ideia foi apresentada durante o seminário Arquitetura de Referência para Dispositivos Digitais, realizado na semana passada, em São Paulo. O lançamento do projeto da plataforma pelos ministérios atraiu representantes dos maiores fabricantes de softwares, hardwares e soluções em educação.
"O foco desta parceria entre o MCTI e o MEC é concentrar esforços na construção de um ambiente de educação onde serão disponibilizados os elementos para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente”, afirmou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida, ao acrescentar que a nova plataforma deverá “ampliar e universalizar o acesso à informação a estudantes, professores e a todos os cidadãos brasileiros, por meio de uma camada de software “simples, leve, eficiente e transparente ao usuário final”.
Arquitetura de referência
Para viabilizar a construção de uma arquitetura de referência compatível com o middleware brasileiro, o secretário do MCTI entende que “o caminho é combinar as diferentes plataformas de diferentes fabricantes e diferentes tecnologias juntamente com os serviços e soluções e conteúdos providos pelo MEC e através de instituições com as quais há acordos”. Middleware, ou mediador, é um programa de computador que faz a mediação entre software e demais aplicações.
Outro ponto importante do projeto da plataforma é a redução dos custos para os dispositivos digitais e a valorização de diferentes aspectos da produção nacional. “Nós valorizamos a manufatura, mas queremos valorizar também as atividades de concepção e de engenharia do país”, afirmou Virgilio, para quem “a educação é a prioridade número um do país e nós temos que usar a tecnologia para acelerar esse processo de melhoria educacional”.
Sobre os resultados do seminário, o representante do MCTI comentou que “ele foi criado para ouvir fabricantes de hardware e software sobre as necessidades e sugestões que possam ajudar o processo de construção da plataforma e falem sobre experiências similares em outros países e as características que o middleware deve ter para interagir com o sistema proposto, sugiram soluções, discutam as características que devem ter. Este middleware é para interagir com o sistema deles. Então, nós precisamos conhecer as particularidades de cada fabricante”.