Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2007
Uma girafa em um hospital bem poderia ser a versão africana do nosso famoso dito popular "colocar o bode na sala". Mas o esbelto robô Giraffe é bem mais delicado, embora não tão elegante quanto os belos animais que lhe deram o nome.
O robô Giraffe é uma plataforma de vídeo-conferência, permitindo uma interação mais completa em situações onde o telefone não seja suficiente - principalmente naquelas situações onde um, ou os dois, videoconferencistas não possam interromper a atividade que estão desempenhando.
É por isso que o fabricante acredita que o Giraffe possa ser ideal para hospitais, onde ele permitirá a interação entre profissionais de diversas especialidades, inclusive durante a execução de procedimentos clínicos e até cirúrgicos. Mas não restrições à sua operação em ambientes empresariais, como escritórios e até no chão-de-fábrica.
As imagens são geradas por uma câmera de dois megapixels, uma resolução superior à comumente utilizada nas vídeo-conferências realizadas diretamente no micro. A projeção é feita em uma tela LCD. Todas as alturas e posições são reguláveis.
Não é necessário ter dois Giraffe para operar a teleconferência. A aplicação-cliente roda em um PC comum dotado de uma "webcam", e o próprio operador controla o robô à distância. Isto permite que a teleconferência seja feita via internet, sem limitação da localização física dos usuários, que poderão estar em qualquer parte do mundo.
O "cérebro" do robô é a agora já famosa placa-mãe Via Mini-ITX, rodando Linux. O programa do computador é totalmente feito em Java e pode ser compartilhado com parceiros para desenvolvimento de novas aplicações.
Os preços não assustam muito, mesmo se tratando de um robô. O fabricante estima que ele chegará ao mercado entre US$1.800,00 e US$3.000,00. O grande responsável pelo baixo custo é, a rigor, uma fragilidade técnica: o robô-girafa não possui navegação autônoma, devendo ser guiado por controle remoto.
