terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
ROBÓTICA COMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL
O auxílio de aparatos tecnológicos como mediadores do aprendizado, além de servir como instrumento motivacional, tornou-se uma eficiente ferramenta para a disseminação do conhecimento
Fonte: Folha de Pernambuco
O auxílio de aparatos tecnológicos como mediadores do aprendizado, além de servir como instrumento motivacional, tornou-se uma eficiente ferramenta para a disseminação do conhecimento. Esta nova dinâmica, ao mesmo tempo, também possibilitou que os arcaicos modelos pedagógicos começassem a se dissipar, dando lugar, aos poucos, a um novo e menos enfadado sistema, com conteúdo, habilidade e práticas readaptadas. Dentro deste processo inclui-se a robótica, que começa a ser vista não apenas como ciência, mas, também, como instrumento de edificação do aprendizado. Apesar do progresso, no Brasil, a ferramenta ainda carece de materiais mais acessíveis e que proporcionem a sua democratização.
Utilizada também como suporte de reforço ao ensino tradicional, a robótica educacional se estabeleceu, ao longo dos anos, como ferramenta exploradora das responsabilidades e competências dos estudantes, atribuídas com base nos desafios, sobretudo tecnológicos, empreendidos pelo mercado de trabalho. A robótica utilizada como instrumento pedagógico possibilita não apenas o primeiro contato do jovem com conceitos iniciais de programação de software, mas também estimula a criatividade, na busca de soluções dos problemas, a promoção de conceitos multidisciplinares e estímulo do senso crítico, aguçado pela necessidade do grupo em ratificar ou contestar hipóteses na construção dos dispositivos robóticos. Entretanto, como fazer para que esses aspectos estimulados pela robótica ganhem adesão maciça?
Além dos desafios de capacitação com professores, talvez a resposta mais plausível, levando-se em consideração a realidade brasileira, indica a direção do uso de soluções livres, tanto de software como de hardware. A alternativa abre caminho para a difusão da robótica a baixo custo, em substituição aos kits comerciais padronizados, utilizados pela maioria dos projetos em ambiente Escolar. Algumas iniciativas como, por exemplo, a do projeto MNerim, criado pelo cientista da computação, Henrique Forasti, começam a ganhar espaço. O trabalho visa a implantação de uma oficina de robótica livre nas Escolas públicas, além de funcionar como espaço de colaboração, aprimoramento e difusão da plataforma, baseada em soluções livres.
"A principal função deste projeto é permitir que alunos, principalmente os menos abastados, tenham acesso à tecnologia através da robótica. Precisamos levar esse instrumento para aEscola e criar novas referências pedagógicas", afirma Forasti, que começou a desenvolver o projeto em 2005, no departamento de Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "A ideia não é ensinar os alunos a desenvolverem sistemas complexos, mas estimular a vontade de aprender a montar e operar robôs utilizando plataformas livres", conta Forasti, que está bancando todo o material para a implantação do projeto piloto naEscola Municipal Manoel Bandeira, localizada na Ilha do Leite, Zona Central do Recife.
Segundo o cientista, o trabalho será desenvolvido no modo oficina, com alunos do ensino fundamental e médio. "Pretendo manter encontros frequentes com os professores para que eu possa instruí-los e eles me auxiliem nas aulas". A oficina começa no dia 22 de julho, data em que os alunos regressam do recesso. Além da oficina, também será realiza uma palestra, no mês de agosto, para apresentação do trabalho à comunidade, professores,alunos, pais, empresas e demais interessados em participar.
Assim como o MNerim, outro projeto baseado em soluções livres é o Robótica Livre, do também mineiro e especialista em robótica pedagógica, Danilo César. O trabalho, além de estimular o uso de softwares abertos, como Linux e outros aplicativos, incentiva a utilização de sucatas e materiais recicláveis na construção dos robôs, sobretudo, dentro das Escolas. "Visamos desenvolver um trabalho de acordo com a realidade das Escolas e dos alunos. Com a utilização de plataformas livres, os participantes são instigados a criarem soluções sem ficarem presos às limitações de kits comerciais, permitindo que o processo seja alterado, dependendo da sua necessidade", afirma o empreendedor do projeto, iniciado naEscola Municipal Caio Líbano Soares, em Belo Horizonte. O trabalho foi um dos vencedores do antigo Prêmio Telemar, em 2007. Hoje, Danilo tenta implementar o projeto em Escolas públicas da Bahia.
Objetos como motores de impressoras, peças de brinquedos inutilizados, drives de disquetes e motores contínuos de CD-Roms são transformados em artefatos robóticos no Projeto Robótica Livre.
Projetos estimulam ingresso na tecnologia
As constantes transformações do mercado de trabalho passou a exigir do profissional do novo milênio uma relevante base de conhecimento. Além disso, o novo panorama necessita também da utilização plena da capacidade criativa e da postura empreendedora, características essenciais que devem estar presentes no perfil de quem deseja ingressar na carreira de tecnologia.
A estudante da 4ª série do ensino fundamental, Manuela Dias, de 9 anos, explana assuntos que vão desde a arquitetura implementada na elaboração do seu carro-robô, até noções de software. "Eu acabei de criar um carro modificado, com a utilização de sensores de movimento, que guiam o veículo na pista", diz a jovem, que havia acabado de montar o seu robô. Detalhe: ela construiu em apenas uma hora. "Meu sonho é fazer engenharia mecatrônica", afirma com segurança.
Também em uma hora, os estudantes Gustavo Camargo e Pedro Brant, ambos de 13 anos e alunos da 6ª série, criaram uma espécie de casa inteligente. "Através de sensores de toque e de som, o movimento é captado e repassado para o software que, automaticamente, executa a ação", afirma Gustavo. Ao lado, o estudante Gabriel Mendes, que elaborou uma máquina para escavação, impressiona pela sua capacidade dialética: "Através de comando dos motores na plataforma NXT, consigo fazer com que os sensores captem o movimento e peso da carga e realizem a tarefa". Os quatro fazem parte da equipe de robótica do Colégio Fazer Crescer.
No Colégio Apoio, um dos destaques é o estudante Bruno Amorim, de 13 anos. Em parceria com a professora de robótica Vancleide Jordão, ele pretende criar uma cabine de diversão. Como? "Já elaborei todo o orçamento, objetivos e planilhas necessárias para a criação do equipamento", explica. Com propriedade, Bruno diz quais são atributos necessários na robótica: "Criatividade e entrosamento são essenciais". Ele, que já representou a Escola numa competição de robótica, no Japão, também pretende trilhar o caminho da tecnologia.
Secretaria de Educação do Recife quer ampliar robótica nas escolas
Em meados de 2009, a Escola Municipal Padre Antônio Henrique, situada no bairro do Derby, foi agraciada pela Diretoria de Tecnologia em Educação e Cidadania (DGTEC), da Secretaria de Educação do Recife, com o recebimento de kits para o início dos trabalhos com robótica e como forma de estímulo para a participação da etapa regional da First Lego League (FLL). O negócio acabou dando certo e, em apenas 45 dias, não apenas conseguiu elaborar o projeto para participar da competição, como também se tornou a primeira Escola pública de Pernambuco a participar da fase nacional da FLL. Após o sucesso na Antônio Henrique, a secretaria estuda, agora, ampliar a robótica na rede municipal de ensino.De acordo com a pedagoga do DGTEC e tutora da equipe que representou a Escola, Deise Barreiros, a intenção é que ainda este ano, cerca de 10 Escolas municipais do 3º e 4º ciclo adotem a disciplina. "Não queremos deixar que o conteúdo morra. Recentemente, fomos até Curitiba para analisamos e conhecermos alguns métodos que podem ser implementados nas Escolas municipais do Recife", explica. O projeto participante na FLL 2009 da Escola Antônio Henrique foi elaborado pelos estudantes Arthur Barbosa, Mariana Luiza, Sthefany de Souza, Miquéias Cardoso e Rayane Altenkirch. O trabalho resultou na criação de um robô capaz de simular uma drenagem às margens do Rio Capibaribe, recolhendo garrafas pet e outros resíduos sólidos.
"O que nos deixou mais entusiasmados foi o comprometimento dos estudantes. A robótica apresentou a eles um novo perfil de ensino para a Escola, tornando o aprendizado mais prazeroso e lúdico", diz a pedagoga do DGTEC e tutora da equipe que representou a Escola, Deise Barreiros. Segundo ela, o instrumento não possibilitou somente a integração entre disciplinas das ciências exatas. "Durante a elaboração do projeto, por exemplo, os alunos tiveram que fazer resgates históricos, além de desenvolver conceitos de relacionamento em equipe e terem a postura empreendedora estimulada", enumera.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
ROBOCUP IN MEXICO 2012
The RoboCup Federation and the Mexican Robotics Federation are pleased to invite you to RoboCup 2012 to be held in Mexico City from Monday 18th through Sunday 24th June 2012.
RoboCup objective:
It is our intentions to use RoboCup as a vehicle to promote robotics and AI research, by offering publicly appealing, but formidable challenge. One of the effective ways to promote engineering research, apart from specific application developments, is to set a significant long term goal. When the accomplishment of such a goal has significant social impact, it is called the grand challenge project. Building a robot to play soccer game itself do not generate significant social and economic impact, but the accomplishment will certainly considered as a major achievement of the field. We call this kind of project as a landmark project. RoboCup is a landmark project as well as a standard problem.
It is our intentions to use RoboCup as a vehicle to promote robotics and AI research, by offering publicly appealing, but formidable challenge. One of the effective ways to promote engineering research, apart from specific application developments, is to set a significant long term goal. When the accomplishment of such a goal has significant social impact, it is called the grand challenge project. Building a robot to play soccer game itself do not generate significant social and economic impact, but the accomplishment will certainly considered as a major achievement of the field. We call this kind of project as a landmark project. RoboCup is a landmark project as well as a standard problem.
The Dream
We proposed that the ultimate goal of the RoboCup Initiative to be stated as follows:
By mid-21st century, a team of fully autonomous humanoid robot soccer players shall win the soccer game, comply with the official rule of the FIFA, against the winner of the most recent World Cup.
We proposed that the ultimate goal of the RoboCup Initiative to be stated as follows:
By mid-21st century, a team of fully autonomous humanoid robot soccer players shall win the soccer game, comply with the official rule of the FIFA, against the winner of the most recent World Cup.
We propose that this goal to be the one of the grand challenges shared by robotics and AI community for next 50 years.
Fonte: http://robocup2012.org/
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Mulheres lideram áreas importantes do Google e Facebook
À frente de áreas técnicas e de negócios em grandes empresas de tecnologia, as mulheres mostraram que elas podem contribuir, e muito, para melhorar dispositivos, redes sociais e serviços de internet que, todos os anos, atendem milhões de pessoas em todo o mundo. Conheça as mulheres mais poderosas do mundo da tecnologia em 2011 na lista e na galeria de fotos abaixo:
Cynthia Breazeal
Idade: 44 anos
Cargo: diretora do grupo de robótica pessoal do Massachussets Institute of Technology (MIT)
Idade: 44 anos
Cargo: diretora do grupo de robótica pessoal do Massachussets Institute of Technology (MIT)
Em sua tese de doutorado, Cynthia Breazeal, desenvolveu o robô humanóide Kismet, que se expressa de maneira semelhantes aos humanos. Professora associada do Media Lab do MIT, Cynthia se formou em Engenharia Eletrônica e de Computadores na Universidade da Califórnia (EUA).
O robô Kismet foi reconhecido pela revista Wired como um dos melhores robôs de todos os tempos, por explorar aspectos sociais e emocionais na interação com humanos. Em 2006, ela desenvolveu Leonardo. A pesquisadora já foi nomeada pela MIT como uma das 100 maiores inovadoras no mundo com menos de 35 anos.
O robô Kismet foi reconhecido pela revista Wired como um dos melhores robôs de todos os tempos, por explorar aspectos sociais e emocionais na interação com humanos. Em 2006, ela desenvolveu Leonardo. A pesquisadora já foi nomeada pela MIT como uma das 100 maiores inovadoras no mundo com menos de 35 anos.
Plataforma aberta coloca robôs em domínio público
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/12/2011
Todos os desenhos, diagramas e descrições necessários para construir uma réplica do robô AMIGO foram disponibilizados gratuitamente na nova Plataforma Robótica Aberta.[Imagem: Bart van Overbeeke|TU/e]
Robótica aberta
Centenas de equipes de pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de robôs nas universidades ao redor do mundo.
O problema é que quase todos trabalham de forma independente, o que significa que o desenvolvimento é demorado, os robôs ficam mais caros e, pior de tudo, os robôs dos diversos grupos são incompatíveis uns com os outros.
Para tentar "globalizar" a pesquisa em robótica, a equipe de roboticistas da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, está lançando o projeto ROB - Robotic Open Platform, ou Plataforma Robótica Aberta.
É mais uma iniciativa na categoria do chamado hardware aberto, que está fazendo pelos equipamentos o que o conceito de software livre faz pelos programas de computador.
O objetivo da iniciativa é criar uma biblioteca plug and play de onde os construtores de robôs possam pegar códigos já testados e utilizá-los em seus robôs.
Eles poderão também alterar os códigos e disponibilizar versões melhoradas ou adaptadas a determinadas funções, ou ainda disponibilizar seus próprios desenvolvimentos.
Robô amigo
Os pesquisadores holandeses acreditam que a plataforma aberta permitirá o desenvolvimento de robôs mais baratos.
Eles próprios estão bastante interessados nos robôs de cuidados pessoais: a biblioteca está sendo inaugurada com todo o desenvolvimento do seu robô AMIGO.
"Nós estamos colocando online todos os desenhos, diagramas e descrições que são necessários para construir uma réplica do nosso robô AMIGO," afirmou René van de Molengraft, um dos idealizadores da plataforma robótica aberta.
"Se você quiser construir um robô como esse, descobrirá que ele vai lhe custar de 300 a 400 mil euros. Nosso objetivo é que, dentro de alguns anos, você seja capaz de construir o sucessor do nosso AMIGO por cerca de 10 mil euros," complementa Molengraft.
Usando um ambiente wiki para o compartilhamento das ideias, dos projetos e dos códigos, a plataforma ROB colocará tudo em domínio público.
Até o início de 2012 já estarão disponíveis também os projetos dos robôs jogadores de futebol da equipe Tech United, finalistas do campeonato mundial de futebol de robôs nos últimos quatro anos.
Wikis dos robôs
A plataforma ROB será o equivalente para o hardware do projeto ROS (Robot Operating System), um sistema de código livre para a construção de softwares para robôs - o sistema de controle do robô AMIGO é baseado na plataforma ROS.
Já existe também uma Wikipedia dos Robôs, um repositório de recursos onde os robôs podem aprender e compartilhar o conhecimento que cada um vai adquirindo.
O endereço da nova plataforma robótica open-source é www.roboticopenplatform.org.
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