xmlns:fb='http://www.facebook.com/2008/fbml' BR - Robótica: Ideias inovadoras para entreter e educar

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ideias inovadoras para entreter e educar


Feira em Londrina traz soluções diferentes para as áreas de eletromecânica e de construção civil
Anderson Coelho
RoboGol, brinquedo composto por dois robôs, está chamando a atenção do público da feira
Termina hoje a 9ª Feira Eletromecânica e Construção Civil (Eletrometalcon). Nesta sexta-feira, entretanto, ainda é possível conferir as novidades dos dois setores no espaço do Senai Londrina. Entre as novidades, estão ideias que empresas e os finalistas do 5º Prêmio Caixa de Projetos Inovadores trouxeram ao evento, como robôs e bicicleta movida a ar.

Em um canto da feira, no meio de estandes frequentados por pessoas de ar sério predispostas a fechar negócios, quem passava se surpreendia vendo o volume de jovens – a maioria estudantes do Senai Londrina – se amontoando sobre uma mesa. O produto que chamou a atenção da ala jovem é o RoboGol, brinquedo de mesa com fins de entretenimento composto por dois robôs.

O papel dos jogadores é controlar cada um o seu robô para disputar a bola com o adversário e fazer o gol. Outro produto exposto no estande é o Curumim, robô de fins educativos que filma e tira fotos. O robô chega desmontado para o cliente, e sua montagem e programação faz parte do aprendizado. "Pensamos no robô como meio, e não como fim", afirma Plínio Gabriel João, diretor da empresa reponsável, a X Bot, que veio de São Carlos (SP) expor no evento.

Novas ideias para os setores de eletromecânica e de construção civil chegaram a Londrina pelo Prêmio Caixa de Projetos Inovadores. Os projetos dos finalistas podem ser vistos em um estande da feira.

É da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o projeto de uma bicicleta movida a ar comprimido, cuja confecção é feita a partir de chapas de carros encontrados no ferro-velho. "Quando você joga fora um carro, joga fora também a energia gasta para fazê-lo. E é um problema sanitário", comenta o autor, o estudante Jackson Krinski. Em seu projeto, a bicicleta comprime o ar por pedaladas e o resultado é utilizado para a movimentação do motor. A partir da bicicleta, o estudante almeja, mais para frente, chegar a um carro movido a ar comprimido.

Construção civil
Outra ideia de cunho ambiental é o de Rafael Germano Dal Molin Filho, em parceria com Marisa Fujiko Nagano e Hugo Sefrian Peinado, todos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os acadêmicos sugerem o uso de cinza do bagaço de cana-de-açúcar na composição do concreto autoadensável. O concreto autoadensável é uma categoria de concreto que dispensa o uso de vibradores no preenchimento da forma.

"O projeto tem duas perspectivas: a melhoria desta nova tecnologia (concreto autoadensável) e o uso de um resíduo utilizado em larga escala, inclusive no Paraná (a cana-de-açúcar)", explica o estudante de mestrado Molin Filho. A cinza do bagaço de cana-de-açúcar substituiria a areia na composição do concreto. Nas pesquisas realizadas, os acadêmicos conseguiram substituir 10% da areia no concreto autoadensável. Segundo Molin Filho, as vantagens estão tanto na destinação da cinza do bagaço quanto na redução do uso de areia, que é um recurso natural e finito. "São 90kg de areia por metro cúbico de concreto", ressalta. No caso do concreto comum, a substituição pode chegar a 20%.

Em contribuição à área de novos tipos de construção, o doutorando da UFSCAR André Luiz Vivan propõe uma técnica de construção baseada em uma linha de montagem com uso de ferramentas da Toyota para casas populares, utilizando a tecnologia Ligh Steel Frame, que substitui o concreto por chapas e perfis de aço nas edificações. "A ideia é romper com o que é tradicionalmente praticado na construção civil. Temos no Brasil seis milhões de pessoas que não têm onde morar e as técnicas de produção são as mesmas de anos atrás. A produtividade do operário brasileiro é 15% do operário norte-americano."

Segundo Vivan, com uma linha de montagem, a construção de casas passaria do canteiro de obras para a fábrica e dispensaria a necessidade de mão de obra especializada. Além disso, uma construção que demoraria de um a dois meses, em uma linha de produção, ficaria pronta em apenas 17 horas.
Mie Francine Chiba
Reportagem Local




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